Formatos de conteúdo

Agora que já conhecemos os tipos de plataformas em que as aulas ou cursos online podem ser realizados, cabe ao educador pensar nos melhores formatos de conteúdo para tornar suas aulas virtuais mais atraentes e alcançar os objetivos de aprendizagem. Seja com uma apresentação de slides, seja com a utilização de vídeos, podcasts ou textos, é importante entender as especificidades do ambiente virtual para cada um destes formatos.

As apresentações de slides são velhas conhecidas de qualquer educador. Apesar de serem um formato simples de construir e utilizar, é comum que alguns exageros as tornem confusas. Assim, é fundamental prezar pela simplicidade na sua elaboração, use modelos pouco coloridos, sem muitos desenhos que possam atrapalhar na visualização, assim, evita o risco de interferir na mensagem do slide.

A escolha das fontes também é algo muito importante. Opte por aquelas mais neutras, como Times New Roman ou Arial. O tamanho precisa estar adequado. Não caia na tentação de diminuí-las para caber muito texto. O ideal é que elas tenham entre 20 e 30 para texto e 50 e 60 para títulos. Lembre-se que a informação no slide é um resumo, uma espécie de lembrete para o que vai ser falado e não o conteúdo todo.

Caso for colocar figuras nos slides, prefira colocar uma só, a fim de que tenha um bom tamanho e que as informações de texto fiquem proporcionais e menos confusas. Isso é ainda mais importante nas aulas online, que dependem da internet. Um slide com muitas figuras pode ficar mais pesado para carregar e travar a transmissão das aulas ao vivo, o que é sempre um atraso e atrapalha o processo de ensino e aprendizagem.

Os vídeos são um outro formato já bastante conhecido dos educadores. Eles são muito úteis na introdução de novos temas, pois compõem cenários e ilustram temas como nenhum outro meio. Eles funcionam ainda como uma excelente forma de despertar o interesse dos estudantes, já que o audiovisual tem se tornado o meio mais comum de disseminação de conhecimento, principalmente entre os jovens.

A escolha de qual vídeo utilizar é sempre muito delicada, pois precisa ser algo que vá interessar aos estudantes e que ao mesmo tempo tenha uma relação clara com o conteúdo a ser trabalhado. Uma dica para facilitar esta escolha é o portal Curta na Escola, em que o educador pode pesquisar conteúdo audiovisual de acordo com a disciplina desejada, a faixa etária dos estudantes e os temas de cada aula.

Após a escolha do vídeo, o educador precisa pensar na melhor estratégia para utilizar este material. No caso das aulas virtuais ao vivo, uma dica importante é tentar realizar o download do vídeo previamente. Isso torna o compartilhamento do material mais fácil, sem depender do seu carregamento em tempo real durante a aula. Se o download não for possível, compartilhe o link do vídeo com os estudantes e dê um tempo durante a aula para que assistam.

Além disso, os educadores também podem criar seus próprios vídeos. Com uma câmera caseira, um microfone de mesa, um pouco de iluminação e um software básico de edição de vídeos, já se pode criar conteúdo com temas específicos e compartilhar com os estudantes. Além disso, é possível publicá-lo em blogs, sites, redes sociais, canais no Youtube e até mesmo vendê-los.

Um formato mais recente e que vem se tornando muito utilizado em aulas virtuais é o podcast. Eles se assemelham a programas de rádio e podem ser gravados ou ao vivo. Se a ideia do educador é utilizar um podcast como material de apoio, o processo é bem parecido com o da escolha do vídeo. Nas plataformas de streaming de áudio é possível pesquisar podcasts por temática e inclusive realizar seu download para utilização em sala de aula.

Mas o educador pode ainda criar seu próprio curso no formato de um podcast sem a necessidade de muitos equipamentos. Com um microfone de mesa e um software básico de gravação e edição de áudio, como o Audacity, é possível criar conteúdo de forma simples e eficaz. Outra dica é a plataforma Anchor, em que se pode gravar, editar e exportar podcasts de maneira fácil e rápida.

De todos estes formatos, certamente o texto é o mais comum e mais conhecido dos educadores. E as regras de utilização nas salas de aula reais são bem parecidas para as aulas virtuais. É imprescindível garantir que os estudantes tenham acesso ao material com antecedência, para que possam ler. Porém, as aulas virtuais deixam o estudante um pouco mais relapso, então evite ler muitos trechos durante a aula, preferindo o diálogo ao invés do monólogo.

Os recursos disponíveis aos educadores são diversos, ainda mais no ambiente virtual. Conhecer os formatos de conteúdo e saber como funcionam é o ponto de partida para utilizá-las da melhor maneira. É interessante analisar uma a uma para entender qual delas melhor se encaixa no seu jeito de dar aula, nas suas habilidades e no equipamento que você tem disponível, seja para aulas gravadas ou ao vivo.

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